quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Benfica-Man United 15.09.2011

O estádio fervilhava antes do jogo. No café ‘Sintra’, onde religiosamente vejo o Benfica, a casa estava cheia. Não 64000 como na Luz, mas também casa cheia. Em terras inglesas come-se cedo, portanto não me estranhou jantar um belo bacalhau com natas às 18h45.
A hora do jogo chegou e estávamos lá os do costume. Respirava-se confiança, não se sabe muito bem vinda de onde, porque o Manchester vem realizando exibição atrás de exibição espantosas.
Os jogadores mostravam-se confiantes empolgados pelas milhares de cartolinas vermelhas e brancas que em harmonia liam BENFICA.
O jogo dava na televisão inglesa, mas todos concordámos que não é o mesmo ver este jogo em casa ou no café. O café cheio de benfiquistas é o que de mais próximo com o estádio nós temos. Próximo do relvado, do banco de suplentes, da camisa larga do Jorge Jesús, daquele ambiente. “É em situações como estas que tenho pena de nao estar lá” ouviu-se no Sintra mais do que uma vez.
Começa o jogo e o Benfica não demora muito a mostrar que estudou a sua lição. Deixou o Manchester bailar com a bola, mas nunca perto da baliza do guardião Artur. O Maxi e o Rúben Amorim jogavam muito juntos, não atacando muito pela ala direita. Na ala esquerda a história era outra e o protagonista dava pelo nome de Nico Gaitàn. Talvez empolgado pelos elogios de Sir Alex Ferguson, o argentino fez quatro dos 14 (!!) remates do Benfica contra apenas 4 do Manchester United. Ora não foi com um golo que Nico mostrou o que vale. Ao melhor estilo argentino, o esquerdino do Benfica fez um passe de trivela para o romântico Óscar ´Tacuara´ Cardozo que deixou todos os adeptos apaixonados pelo seu golo. Pura magia: recebe a bola, controla de pé esquerdo e com uma certeza (im)possível remata de pé direito. Para quem não sabe, o atacante paraguaio é esquerdino e daqueles esquerdinos que usa apenas o pé direito para caminhar…
No Sintra estavam duas televisões a mostrar o jogo, uma na esplanada com os comentadores ingleses e outra dentro do café na Sport TV.
Ora a transmissão inglesa estava adiantada meio segundo, de modo que de repente todos saltam e gritam na esplanada e eu sem perceber porquê. Quase que perco o golo e naquele segundo arrasto os meus olhos para a Sport TV e vejo o que já todos sabem… fez-se magia na Luz.
O passe, o golo, a cara do Tacuara sem acreditar no que tinha acabado de fazer, os gritos, a loucura. Será importante falar do resto do jogo? Pois, o Ryan Giggs marcou um golo e o resultado final foi um empate a uma bola.
Mas aquele golo já ninguém me tira.

Sem comentários:

Enviar um comentário